EPIFANIA: BÊNÇÃO DAS CASAS
INTRODUÇÃO:
É um costume antigo que as casas sejam abençoadas por ocasião da Solenidade da Epifania. Há até uma bênção própria para a Epifania tanto para o Giz como para as casas.
Esta tradição é baseada nos tempos da Igreja primitiva, onde os primeiros cristãos desejavam proteger e abençoar seus lares, identificando-se como Povo de Deus, em analogia ao que fizeram os hebreus no cativeiro do Egito quando marcaram as portas de suas casas com o sangue do Cordeiro Pascal (Ex. XII, 12–13) e como as assinalaram também depois na terra prometida (Dt. 6, 9).
Essa tradição de benção na Epifania, se escreve por cima da porta de casa, do lado exterior o seguinte:
O 20 e o 25 representam o ano 2022 o ano que começamos. O *significa a estrela de Belém que guiou os Reis magos até Bélem. Cada letra: C M B representam Christus Mansionem Benedicat – Cristo Abençoe esta Casa, e cada letra é intercalada com uma cruz, que significa as três pessoas da Santíssima Trindade.
As letras CMB também pode ser entendida como representando os três reis magos (sendo que Gaspar pode ser escrito Caspar) e significa uma forma de receber os magos em nossa casa.
Essas inscrições podem ser mantidas durante todo ano, até a próxima Solenidade da Epifania.
A bênção das casas na Epifania é para trazer a certeza de que a Encarnação de Jesus, pela qual ele veio morar entre nós (Jo 1, 14), atua em nosso íntimo na vida de cada dia. Portanto, marcar a porta assim seria o mesmo que pedir que ali habitasse o Menino Jesus e, por isso, a própria Santíssima Trindade!
Com essa inscrição, invocamos a bênção para os nossos lares e reivindicamos a soberania de Cristo para os espaços onde vivemos e trabalhamos.
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ORAÇÃO DA BENÇÃO:
Todos se reúnem na porta de casa, pelo lado de dentro. Cantam um canto.
Recitam, então, o Salmo Responsorial (Salmo 71)
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
R/. As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,/ vossa justiça ao descendente da realeza!/ Com justiça ele governe o vosso povo,/ com equidade ele julgue os vossos pobres.
Nos seus dias a justiça florirá/ e grande paz, até que a lua perca o brilho!/ De mar a mar estenderá o seu domínio,/ e desde o rio até os confins de toda a terra!
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir/ e oferecer-lhe seus presentes e seus dons;/ e também os reis de Seba e de Sabá/ hão de trazer-lhe oferendas e tributos./ Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,/ e todas as nações hão de servi-lo.
Libertará o indigente que suplica,/ e o pobre ao qual ninguém quer ajudar./ Terá pena do indigente e do infeliz,/ e a vida dos humildes salvará.
Após, todos acendem as velas que carregam nas mãos, e recitam juntos:
R/. Uma criança é nascida em Belém, aleluia! Com plena alegria canta Jerusalém, aleluia, aleluia. Do Oriente viram a estrela, aleluia, e os santos reis vêm de longe, aleluia, aleluia.
Em seguida, lê a perícope da Epifania: Mt 2,1-12:
V/. O Senhor esteja convosco.
R/. Ele está no meio de nós.
V/. PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo São Mateus.
R/. Glória a vós, Senhor.
Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém.
Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.
Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
V/. Palavra da Salvação.
R/. Glória a vós, Senhor.
Recitam todos a antífona:
R/. Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes caros: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra em símbolo de seu enterro, aleluia!
Enfim, recita a seguinte oração:
Oremos. Senhor Deus do Céu e da Terra, que revelastes o vosso Filho Unigênito a todas as nações com o sinal de uma estrela: Abençoai esta casa e todos os que nela habitam. Enchei-os com a luz de Cristo, e que o nosso amor pelos outros reflita o vosso amor. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. R/. Amém.
Nesse momento escreve na porta a seguinte descrição:
Abençoada a porta, o pai recita a oração:
V/. O nosso auxílio está no nome do Senhor.
R/. Que fez o céu e a terra.
V/. O Senhor esteja convosco.
R/. E com teu espírito.
Oremos. Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu.. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R/. Amém