SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
O Sagrado Coração de Jesus é uma das três solenidades do Tempo Comum, dentro da Liturgia da Igreja Católica, comemorada na segunda Sexta-feira, após a solenidade de Corpus Christi. Além disso, essa devoção também é cultivada pela Igreja Católica ao longo de todas as primeiras sextas-feiras de cada mês do ano. Consiste na veneração do Coração de Jesus, do mais íntimo de Seu Amor.
A devoção está especialmente preocupada com o que a Igreja considera ser o amor e a compaixão sofridos do coração de Cristo em relação à humanidade. A popularização dessa devoção em sua forma moderna deriva de uma freira católica da França, Santa Margarida Maria de Alacoque, que disse que aprendeu a devoção de Jesus durante uma série de aparições para ela entre 1673 e 1675 e mais tarde, no século XIX, a partir das revelações místicas de outra freira católica em Portugal, a Beata Maria do Divino Coração Droste zu Vischering, religiosa do Bom Pastor, que solicitou em nome de Cristo que o Papa Leão XIII consagrasse o mundo inteiro ao Sagrado Coração de Jesus. Os antecessores da devoção moderna surgiram inconfundivelmente na Idade Média em várias facetas do misticismo católico, particularmente Santa Gertrudes, a Grande. No século XVIII e XIX a devoção ao Sagrado Coração de Jesus tinha crescido com força na Europa da época, tanto, no âmbito social, religioso, político e cultural.
Já desde sua Ordenação Sacerdotal, o venerável Pe. João Leão Gustavo Dehon, scj. Sentia um forte desejo de ingressar numa congregação religiosa. Como não encontrou uma que atendesse seus anseios por justiça social associada às missões, decidiu e fundou a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus em 1878, sendo o mesmo Papa Leão XIII quem motivou ao Venerável Pe. Dehon a expandir a Devoção do Sagrado Coração e a Doutrina Social da Igreja.
A Congregação na Missão de Construir o Reino do Coração de Jesus, hoje se encontra presente nos 5 Continentes nos mais diversos campos de ação social, educacional, cultural e política da Igreja e a sociedade. Conhecidos como Padres do Sagrado Coração ou Padres Dehonianos, estão presentes a mais de 100 anos em Taubaté/SP e no Brasil, e desde 1977 atendem nossa Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja.
“Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós!”.
As 12 Promessas do Sagrado Coração de Jesus
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- Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado de vida.
- Estabelecerei a paz nas suas famílias.
- Abençoarei os lares onde for exposta e honrada a imagem do Meu Sagrado Coração.
- Hei-de consolá-los em todas as dificuldades.
- Serei o seu refúgio durante a vida e em especial na hora da morte.
- Derramarei bênçãos abundantes sobre todos os seus empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão no Meu Sagrado Coração uma fonte e um oceano sem fim de Misericórdia.
- As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.
- As almas fervorosas ascenderão rapidamente a um estado de grande perfeição.
- Darei aos sacerdotes o poder de tocarem os corações mais empedernidos.
- Aqueles que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos no Meu Sagrado Coração e d’Ele nunca serão apagados.
- Prometo-vos, no excesso de Misericórdia do Meu Coração, que o Meu Amor Todo-Poderoso concederá, a todos aqueles que comungarem na Primeira Sexta-Feira de nove meses seguidos, a graça da penitência final; não morrerão no Meu desagrado nem sem receberem os Sacramentos: o Meu Divino Coração será o seu refúgio de salvação nesse derradeiro momento.
Os Santos que recomendaram esta devoção
O exemplo dos Santos, ao mesmo tempo que é um poderoso incentivo que nos incita à prática de uma devoção que eles próprios praticaram, é também, para nós, um guia modelar que nos mostra como a devemos praticar.
Recordemos aqui a doutrina e o exemplo dos Santos:
São João Evangelista, considerado o Apóstolo do Coração de Jesus e Maria Madalena, testemunha viva da Misericórdia do Coração de Jesus.
São João Eudes, no século XVI, na França, fundador da Congregação de Jesus e Maria, padres eudistas, foi quem iniciou a implantação da festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Para ele, os Corações de Jesus e Maria eram um só, unidos pela fornalha ardente do Espírito Santo.
Santa Margarida Maria de Alacoque, foi a primeira pessoa a quem Jesus revelou o Seu Sagrado Coração (por meio de diversas aparições) e foi a primeira responsável pela divulgação do Seu culto e devoção ao Mundo.
Santa Gertrudes, a Grande (1256-1302), compôs esta Oração expressando o seu Amor: “Eu Vos saúdo, ó Sagrado Coração de Jesus, Fonte viva e vivificante de Vida Eterna, Tesouro infinito da Divindade, Fornalha Ardente do Amor de Deus…”.
Santa Catarina de Siena, elevou até um grau extraordinário o Amor que dedicou a esta Devoção (ao Sagrado Coração de Jesus): ofereceu o coração todo inteiro ao seu Divino Esposo, tendo obtido em troca o próprio Coração de Jesus.
A Beata Maria do Divino Coração, condessa de Droste zu Vischering, foi uma religiosa da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor que pediu, em nome do próprio Jesus Cristo, ao Papa Leão XIII que ele consagrasse todo o Mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Tal facto veio a ocorrer a 11 de Junho de 1899, logo após a publicação da Encíclica Annum Sacrum.
O Venerável Padre Leão Dehon, scj., fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos, incansável lutador do Amor do Cristo e a Justiça Social entre os mais desamparados.
E todos os que leram a vida e a obra de Santos – como São Francisco de Assis, São Tomás de Aquino, Santa Teresa de Ávila, São Boaventura, Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, São Filipe de Néri, São Francisco de Sales, São Luís de Gonzaga, Santa Faustina, entre outros – poderão ver a terna devoção, a admiração e a adoração que estes Santos dedicavam ao Sagrado Coração de Jesus.
“Concede, rogamos, Deus Todo-Poderoso, que nós, que nos gloriamos no Coração de teu amado Filho e recordamos as maravilhas de seu amor por nós, sejamos dignos de receber uma medida transbordante de graça daquela fonte de dons celestiais”.
Com São João vemos, no lado aberto do Crucifixo, o sinal de um amor que, no dom total de si, recria o homem segundo Deus. Contemplando o Coração de Cristo, símbolo privilegiado deste amor, fortalecemo-nos na nossa vocação (CST 21). O ícone do coração perfurado é mais relevante do que nunca. Somos convidados a reler toda a Escritura à sua luz (cf. CST 3) e a traduzir esta espiritualidade num estilo de oração e de apostolado. “Nunca devemos perder de vista nosso propósito e nossa missão na Igreja […]: um amor terno pelo Sagrado Coração …, reparação com todas as suas práticas” (L. Dehon, Testamento Espiritual). “Com a palavra, com a pregação, com os escritos, com os instrumentos da comunicação social, difundir ‘a largura, o comprimento, a altura e a profundidade’ do amor de Cristo, que excede todo o conhecimento” (João Paulo II aos delegados capitulares scj, 22 de junho de 1979).
“Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós!”.
Referências:
- https://www.dehoniani.org/en/the-most-sacred-heart-of-jesus/
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Sagrado_Cora%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus
- https://arquisp.org.br/liturgia/santo-do-dia/padre-leao-dehon
- «CATHOLIC ENCYCLOPEDIA: Devotion to the Sacred Heart of Jesus». www.newadvent.org.
- A Grande Promessa do Sagrado Coração de Jesus
- https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/june/documents/papa-francesco_20150605_dehoniani.html